Infelizmente é triste a notícia.
Com as altas temperaturas da água do mar em Ubatuba - SP, diversos produtores estão amargando um grande prejuízo com a mortalidade de seus mariscos.
O mexilhão não suporta a água muito quente e por volta dos 31 graus celsius eles começam a morrer.
Produtores locai estão perdendo sua produção.
Na região da Praia da Lagoinha a perda praticamente total, na Enseada ainda sobraram alguns.
Na Barra Seca sobraram apenas alguns dos mariscos juvenis.
No Itaguá foi registrada a temperatura de 29º C. em 31 de janeiro de 2019.
A última vez que tal evento havia ocorrido foi no verão do ano de 2010, quando a perda da safra foi quase total em Ubatuba.
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MEXILHÕES DE UBATUBA: foto Peter Németh |
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O sapinhauá também morreu. Foto: Roberto Ferrero, Enseada, fev de 2019. |
PRAIA DA COCANHA EM CARAGUÁ TAMBÉM HOUVE MORTANDADE
(Relato de José Luiz Alves, pesquisador e maricultor local)
"Bom dia, na Cocanha também morreram os mexilhões .
Aqui a diferença está sendo o sistema de semeadura e densidade.
Tem um maricultor que utiliza o sistema francês e o tamanho da rede é de 1,5 m, por ser curta ele fez com uma densidade alta. Esse maricultor teve mais de 50 % de mexilhões mortos nas redes.
Também alguns lançam os coletores para a captação de sementes, e só colhem no tamanho comercial.
Essas duas situações que citei tem uma grande concentração de mexilhões e isso está favorecendo a mortandade.
No caso de quem trabalha no sistema espanhol e com uma densidade mais baixa (250 a 300 por metro), teve uma perda mais ou menos de 11,5% nas cordas.
Domingo eu tirei 39.5 kg de mexilhões. 114 mexilhões vieram mortos na corda. Naquele dia 25 mexilhões por quilo.4,6 kg de mexilhões mortos.
Podemos considerar alguns que morreram e desprenderam da corda.
Mas se for comparar com os colegas. De todo jeito a situação está critica."
CAUSAS DE UM JANEIRO DOS MAIS QUENTES EM 76 ANOS (por CLIMATEMPO):
"O calor intenso e persistente que se sente em São Paulo neste janeiro de 2019 é resultado de uma combinação de fatores. Ainda que um novo episódio do fenômeno El Niño esteja quase configurado, desta vez não pode ser tecnicamente culpado pelo calorão paulistano.
A situação atual é parecida com a que foi observada no verão de 2014, quando uma circulação de ventos atípica predominou por mais de 30 dias sobre o país mantendo as frentes frias afastadas do litoral paulista.
Em dezembro de 2018, água do mar no meio do oceano Atlântico, ao largo da costa da Região Sudeste, estava mais fria do que o normal. Isto permitiu que o sistema de Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) ficasse mais próximo do litoral da Região Sudeste em janeiro de 2019. Qualquer sistema de alta pressão atmosférica inibe a formação, a expansão e permanência das grandes áreas de instabilidade que provocam chuva generalizada. Menos nuvens, mais sol e mais calor!
A presença do sistema de ASAS afasta as frentes frias. O ar frio de origem polar passa longe do litoral paulista e não consegue chegar a São Paulo. É o vento quente, que vem das regiões tropicais do país, que tem predominado sobre a capital paulista desde o início do ano.
Do outro lado do continente, na costa sul do Chile, a água do oceano Pacífico e está mais fria do que o normal. Esta é outra situação atípica que está desviando as frentes frias, que não conseguem avançar com força sobre a Argentina." fonte: https://www.climatempo.com.br/noticia/2019/01/25/sao-paulo-vive-um-dos-meses-mais-quentes-em-76-anos-1497