Construído e implementado em 1985 pela Associação de moradores locais e repassado para a SABESP operar, a princípio ele supriu a demanda de esgoto local. Com o aumento exponencial de residências e prédios nessa praia nos últimos 15 anos, o emissário hoje não suporta mais a quantidade de esgoto gerada.
Para piorar esta situação, a manutenção durante estes 35 anos de operação resume-se a algumas pinturas, trocas de tampas de aço e milhares e milhares de litros de cloro puro despejados no mar.
Mangueiras comuns presas com arames hoje substituem a tubulação original e volta e meia escapam causando o derramamento de cloro puro diretamente na areia da praia e na passagem de pedestres podendo causar acidentes e queimaduras nos transeuntes.
Tem até uma playlist com vídeos de vazamentos do emissário: Assista aos vazamentos aqui
Vazamento registrado em 21 de dezembro de 2004, logo após a única grande reforma realizada. |
Vazamento em 29 de dezembro de 2015. 11 anos somente de tinta. |
Nesta temporada de 2017-2018, também descobri mergulhando que o cano está furado bem perto da areia, a apenas 50 metros da praia apareceu um furo que lança o esgoto muito mais perto ainda e que dá pra ser visto de longe (foto ponto 2).
Também acredito que a SABESP tem conhecimento deste vazamento pois em 09 de janeiro último uma equipe de pesquisa apareceu logo cedo na praia e passou todo o dia a bordo de um enorme barco fazendo medições sobre a tubulação do emissário.
Não seria obrigação da empresa de saneamento alertar os banhistas e a CETESB sobre este vazamento tão perto da areia? Não caberia multa da CETESB sobre a SABESP por esta negligência?
Equipe fazendo vistoria encomendada pela SABESP . |
Uma solução seria aumentar em no mínimo 750 metros a tubulação em direção Oeste, para o centro da Enseada do Flamengo.
Outra solução seria terminar definitivamente o projeto da ETE do Perequê Mirim e desativar o emissário.
Mas o que importa para os acionistas da SABESP é mesmo o lucro, que aliás bate recordes todos os anos.
ATUALIZAÇÃO EM Janeiro de 2019: O vazamento continua na alta temporada
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Licitação / Contrato de serviço de limpeza subaquático 2017.
Isso é um escândalo. É um atentado contra a saúde pública.
ResponderExcluirO pior é que devido às ondas mansas a praia da Enseada é frequentada preferencialmente por famílias com crianças pequenas, na ilusão de poderem banhar-se no mar sem nenhum risco.
E porque no site da CETESB esse emissário da Enseada nem existe? https://cetesb.sp.gov.br/praias/emissarios-submarinos/ No mínimo estranho da parte deles...
ResponderExcluirOlá. Ele não existe pq está irregular desde sua construção nos anos 80. Incrível né? Irregular por quase 40 anos! Foi construído pela associação de moradores e depois, como sua manutenção era muito cara, foi repassado para a Sabesp, que lucra horrores só jogando cloro e mandando pro mar (assim podendo cobrar o "tratamento" de esgoto de quem está ligado na rede. Confesso que até os anos 90 este emissário deu conta do volume de esgoto local mas com o grande aumento de casas, pousadas e agora prédios na Enseada, ele não aguenta mais. Fora que os canos jogam tudo a apenas 75 metros da praia e tudo volta quando venta sul ou o mar está parado.
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