Aí vai, por enquanto, o que eu tenho.
“Afinal, a "Sala Nova"
acabou sendo construída e inaugurada com festa. A partir daí passou a ser o
cenário de inúmeros fatos inesquecíveis, além das aulas. Um destes episódios
foi o da despedida do professor John Stark, que deixava a Glete para retornar
aos Estados Unidos. Em 1964, se não me trai a memória, o professor Stark ia
retornar aos Estados Unidos e o corpo discente e docente decidiu homenageá-lo
com uma festa de despedida, na Sala Nova, evidentemente. A despedida foi
organizada pelo CEPEGE e deveria ser dada uma lembrança ao mestre. Discutiu-se
muito qual deveria ser o presente, recaindo a escolha em lhe oferecer uma
canoa, daquelas cavadas em um tronco de árvore, muito usada pelos pescadores
nos rios e na costa. Essa boa e inusitada sugestão foi dada pelo professor
Melcher, que tinha conhecimento da predileção do Stark pelo canoísmo, pois ele
morava nos EUA, à margem de um lago, onde costumava andar de caiaque. Uma canoa
foi, então, adquirida de um pescador no Saco da Ribeira, Ubatuba, com a interveniência
do autor deste texto que, naquela época, realizava pesquisas no litoral Norte
do Estado, transportada para a Glete e presenteada ao Mestre Stark, no dia da
sua festa de despedida. E o saudoso professor ficou grato e emocionado, levando
o presente para os Estados Unidos, como parte da sua bagagem. Alguns anos mais
tarde, recebemos a notícia de que ele estava usando a canoa em seus passeios
pelo lago”.
Eduardo Damasceno
Camilher - Geologia - Turma de 62.
Artigo publicado na
Revista Brasil Mineral
Seção: Pelas Pedras
do Caminho Mineral
Edição 199, Outubro
de 2001.
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