sexta-feira, 27 de setembro de 2013

"ANARQUIA VINDOURA"

As cidades são sintomáticas da transformação dos sistemas ecológicos sociais pelo ser humano. São centros criativos onde se concentram os mais brilhantes membros de cada sociedade desenvolvendo artes, tecnologia, educação, ciência e comércio.
No entanto, estão de tal forma distantes da realidade cotidiana do ambiente natural que provocam um alheamento em relação às retroalimentações ambientais.
Isso ocorre por haver muitas camadas de informações entre o ambiente natural e os gestores que tomam decisões movidos pela pressão política, avaliação incorreta dos recursos, interesse próprio e corrupção.
O maior impacto da revolução industrial foi o uso de combustíveis fósseis. A emissão na biosfera dos subprodutos gerados por seu uso contribuíram para mudanças biogeoquímicas na atmosfera que levaram alguns séculos para serem sentidas e hoje ameaçam nosso planeta.
Desde os "fogs" londrinos do século 19, a estratificação social aliada ao emprego da força policial e do poder, para manter esse modo de produção de elevados custos humanos e ambientais, ocorreu então, e continua até hoje.
Entre os resultados desse modelo estão: a crescente perda de confiança e reciprocidade (exceto na família); as disparidades cada vez maiores entre pessoas com acesso aos recursos e à riqueza; o aumento no tempo gasto no trabalho e a crescente ênfase no consumo para sustentar a capacidade produtiva desencadeada no planeta.
Nos últimos 60 anos, 1/3 dos países estavam em conflitos armados; 40 milhões de refugiados e desabrigados foram afetados por eles. Cresceu a globalização do terror e do crime; o chamado processo de  "anarquia vindoura" ou "choque de civilizações" (Kates & Parris 2003).
O aumento exponencial de todos esses fenômenos mensuráveis está vinculado ao crescimento populacional somado aos hábitos de consumo. Um cidadão euro-norteamericano consome 25 vezes mais que um cidadão indiano ou sul americano.
(Texto resumido de E. F. Moran, “Meio Ambiente e Ciências Sociais”. São Paulo: Editora Senac, 2011 - Capítulo 1 – O desafio de Pesquisa em Interações Homem-ambiente.)

Abaixo dois links desta semana que corroboram o texto acima.



IPPC - ONU 2013:

foto: mídia ninja em http://www.ebc.com.br/sites/default/files/ninja_congresso.jpg

2 comentários:

  1. Olá,

    Tudo bom? Espero que sim.
    Quem escreve é Flávia Guerra. Sou Reporter do jornal O Estado de S. Paulo. E hoje escrevo na verdade para pedir ajuda para uma equipe amiga de documentaristas franceses e brasileiros.
    Explico: A Arte, TV francesa mais importante da Europa, está produzindo em parceria com a produtora brasileira Gullane Filmes (de Amazônia, Bicho se Sete Cabeças, Carandiru etc) um documentário sobre a Costa Brasileira.
    Eles vão viajar todo o litoral brasileiro em busca de personalidades que retratem a cultura brasileira ao mar.
    E o documentário vai passar, claro, pelo litoral paulista. E queremos muito que a tradição da canoa caiçara esteja retratado, especialmente na região de Ubatuba.

    Acredito que o projeto Com quantas memórias se faz uma canoa? seja um dos melhores exemplos para falar tanto da história da cultura caiçara quando da atualidade da cena do uso e da produção da canoa no litoral paulista.

    Vamos filmar nos dias 27 e 28 de novembro em Ubatuba. E seria incrível se você pudesse me recomendar um mestre da canoa, que ainda fabrique canoas artesanalmente e viva esta tradição. Eu vi em vários vídeos que o mestre Renato Bueno é um dos grandes. Mas também vi o mestre Baéco. Aceito sugestões. E peço por favor para que nos ajude a entrar em contato com eles. O Canoeiro poderia nos contar sua história, passear pelos locais mais significativos e até mesmo mostrar seu trabalho na construção de uma canoa para que a equipe registrasse seu trabalho.

    Se vocês quiserem, mando mais informações por e-mail, mas gostaria muito de conversar com vocês por telefone. Se vocês puderem me mandar seu contato ou me ligar assim que virem este e-mail estou à disposição.
    Meu e-mail é flavia_guerra@yahoo.com.br

    Meu número é: 11- 99875-8882 ou 11- 3856-3607

    Um grande abraço e até breve

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezada Flávia, muito bacana esse projeto, você pode também ter mais informações sobre a Canoa Caiçara em: http://canoadepau.blogspot.com.br/2013/03/dossie-canoa-caicara-agora-disponivel.html, obrigado. bambuluz@yahoo.com.br

      Excluir