foto: Peter S. Németh |
É claro que, sempre que possível, um fiozinho de azeite, bastante salsinha picada, e uma cebola batidinha, dão um toque a mais nessa delícia.
Quando o panelão chega fumegante à mesa, não há quem resista. Os mais apressadinhos queimam os dedos, a língua, mas mesmo assim continuam a comer. Os mais cautelosos esperam um bocadinho e escolhem com cuidado o macho ou a fêmea pra comer. Aí começam as brincadeiras: "Qual é mais gostoso o macho ou a fêmea?", "Quero ver descobrir a diferença de olho fechado!", e por aí vai.
O mais interessante é que na verdade o que se come no mexilhão são suas ovas. Sim, aquilo que no macho é esbranquiçado e na fêmea é alaranjado, são as gônadas cheias de ovas. E essas ovas são riquíssimas em glicogênio. Por causa disso o apelido de "Viagra natural" que o mexilhão tem.
Outra curiosidade é que devido ao estresse que o marisco sofre, seja por ondas fortes, raios e trovões muito próximos, mudança brusca de temperatura ou salinidade da água, eles desovam todos juntos. Então o marisco fica "magro" como diz o Caiçara, ou seja suas gônadas ficam vazias e ao cozinhar ele fica miúdo.
A Mariscada é uma experiência gastronômica diferenciada que agrega a família. Quem dera mais pessoas apreciassem essa delícia, deixando de lado o preconceito e ao menos provando essa iguaria tipica Caiçara.
foto: Peter S. Németh |
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