Penetramos na Picinguaba de outrora, nomes de pesqueiros hoje quase esquecidos: cana do Elpídio, aguada, toca da velha, furado. Artes de pesca em desuso, relatos de pescarias memoráveis.
Um rol de nomes de pescadores do "tempo antigo" e suas aventuras.
Um tom de amargura também pelo descaso das autoridades com o "pescadô miúdo" que sofre com a pressão dos barcos grandes "de fora" que invadem a enseada em saques constantes.
Dito Pú, foto Peter Santos Németh.
“(...)foi possível perceber que, embora por lógicas distintas, os pescadores detêm um conhecimento fundado em operações mentais semelhantes ao conhecimento científico formal mediante a observação, classificação e experimentação de suas práticas produtivas derivadas da inter-relação com o ambiente natural ao longo do tempo.
Assim, os saberes dos pescadores artesanais acumulado secularmente para fazer face aos imperativos da vida do mar – principalmente às desordens naturais – revelaram não só ser elemento mediador da inter-relação cultura e natureza, como condição sine qua non para a viabilidade da pesca artesanal em seus componentes materiais e imateriais. É mediante esse saber que os pescadores definem estratégias adaptativas às flutuações do ecossistema marítimo para assegurar a sua reprodução social no tempo. E, é nesse processo de adaptação inteligente diante das condições bioclimáticas e naturais, que esse sujeito social constrói o espaço marítimo como um espaço sociocultural próprio.” (CUNHA, 2008:5) 1
Obrigado Seu Pú, pela amizade generosa.
Mais informações:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cade-o-peixe-que-estava-aqui,840556,0.htm
http://www.youtube.com/watch?v=kudJuC6M_-M&list=PL47A10ABFC600C883&index=3&feature=plpp_video
1- CUNHA, Lúcia Helena de Oliveira. Diálogo de saberes entre tradição e modernidade: ordens e desordens. 26ª. Reunião Brasileira de Antropologia 2008 Porto Seguro, Bahia, Brasil p. 18. Consulta na internet, endereço http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_26_RBA/grupos_de_trabalho/trabalhos/GT%2021/lucia%20helena%20de%20oliveira%20cunha.pdf, em 20 de abril de 2012.
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