quinta-feira, 27 de novembro de 2025
INVENTÁRIO DE REMOS CAIÇARAS
As fotos a seguir documentam uma coleção de Remos Caiçaras juntados entre 1993 e 2011.
O primeiro par, feito da madeira Guacá, foi adquirido do Mestre Benedito Barbosa, mais conhecido como Baeco em 1993 lá no Ubatumirim, Ubatuba.
Depois disso só fui adquirir outros remos por volta do ano de 2008, quando encomendei mais 2 remos com o Mestre Dito Costa, morador ilhéu da Vitória, Ilhabela. São dois exemplares, um de Guacá e outro de Canelinha da amarela. Mais tarde, por volta do ano 2009, aproveitei um tronco morto de Goiabeira, isso mesmo, Goiabeira da vermelha que secou aqui em casa, e encomendei com o Dito Costa outro remo.
Em 2009, nas minhas andanças com o Élvio Damásio pela Praia do Cambury no Norte de Ubatuba, encontrei o Mestre Maximiliano e encomendei outro par de remos de Guacá.
Mais ou menos na mesma época encomendei 3 remos com o Mestre Zeca Moisés, morador do Sertãozinho da Boa Esperança, lá no Prumirim. Tenho inclusive publicada uma reprodução de um texto do Mestre Julinho Mendes, muito bem elaborado, onde ele descreve tecnicamente a "esculturação" do Remo Caiçara.
Tenho um remo também, feito pelo saudoso Mestre Josias de Matos, do Toque Toque Pequeno, São Sebastião. Este remo foi encomendado por volta de 2010. Foi feito de Canelinha da amarela, no entanto, como disse o próprio Mestre quando fui buscar, "achei que você quisesse um remo de enfeite, não um remo pra usar!" Na verdade a única diferença do "remo de enfeite" que ele fez, é que tem um nó (defeito) bem na parte do cabo que recebe mais carga durante a remada, tornando-o mais frágil e fácil de quebrar. O acabamento também ficou um pouco mais grosseiro também, mas todas as linhas do feitio do Mestre Josias estão nele.
Tenho um outro remo de Canelinha da amarela, que quem retirou o corte foi o Mestre Pedro Costa, irmão do Mestre Dito da Vitória. Mas quem esculpiu o remo foi o pescador Olimpio de Jesus, (Chico Parú) lá da Praia da Enseada.
Restaram alguns remos os quais ganhei e não conheço o Mestre que os construiu.
Um foi adquirido pelo meu sogro Roberto Prochaska no Mercado de Peixes de Ubatuba, na loja do Pato Louco por volta de 2011. Disse ele à época que era uma senhora do norte de Ubatuba quem o fez, não tenho certeza disso.
Tenho também uma pá de remo que pertenceu ao Mestre Higino da Praia da Barra Seca. Era de um remo "famoso", no qual ele gravou o nome "GINO" com uma colher em brasa e usava nas Corridas de Canoa, esculpido lá no Saco do Mamanguá, Paraty, em Caixeta. Esses remos do Mamanguá foram por alguns anos vendidos numa loja náutica do centro de Ubatuba, eram extremamente leves e com uma pá enorme muito bem esculpida, linda.
Outro remo que desconheço o escultor é um remo pintado de verde, que ganhei do Mestre Antenor dos Santos, bem usado por ele na Praia da Enseada.
Fora estes tenho várias pás de remos quebrados que a maré jogava no lagamar da Praia da Enseada ou na costeira que fui juntando ao longo do tempo como um registro da árdua faina pesqueira.
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